“O que tendo eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução”
– Pr 24.32
Quando
olhamos para uma criança, não conseguimos medir o grau ou a profundidade do seu
interior, principalmente, quando repreendida. Uma chamada ríspida como palmada
ou castigo, os pedagogos não definem claramente estes expedientes existentes a
disciplina do aprendiz, ela continua se doando, amando-nos e rindo. Esse fato é
sem explicação, sobretudo, quando não se analisa na perspectiva da bondade. A
criança, mesmo corrigida pelos pais, logo se desliga deste fato e passa a
sorrir e a estar junto de seus progenitores.
Muitas delas aprendem
ainda em terna infância, como se identificar uma ação do bem ou do mal. Meu
filho, por exemplo, quando repreendido por mim, logo pergunta: Pai tu é do bem
ou do mal? E, às vezes, até sobre outros membros da família ele inquire: Pai,
vovó é do bem ou do mal? Isto é, por causa do tipo de repreensão que lhe causou
dor, ele argumenta que tal atitude só pode ser do mal.
As crianças
nos ensinam que o mal não é próprio dos homens, mesmo sabendo que em nossa vida
encontraremos pessoas que praticam o mal, mas a Bíblia adverte: “Aquele que cuida em fazer o mal, mestre de
maus intentos o chamarão” – Pv 24.8. Crianças são pessoas do céu, apesar de
conviverem com muitos adultos que são profissionais da maldade e pleiteiam
morar no céu. Que decepção!
As crianças
possuem algo que muitos adultos perderam por conta do cotidiano não vivido
eticamente e das labutas da vida hodierna realizada imoralmente. É o espírito
da inocência, aqui no sentido legítimo, isto é, sem maldade e sem preconceitos.
A inocência é
roubada quando o espírito egoísta assume o controle da vida. A bondade se esvai
e o mal governa, absolutamente, o ego humano. O querer o bem, estar junto, o
praticar o bem a todos indistintamente, o perdoar e o esquecimento de magos já
não mais existem. A ingenuidade iniciante e comum a vida é destruída pelo medo,
pela insegurança e pela desobediência da ordem teologicamente correta. Pela covardia
dos homens, os desafetos são imensuráveis causando traumas, perda da identidade
social digna, falta de fé e esperança. Mas a Bíblia adverte: “Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão
para comer; e, se tiver sede, dá-lhe água para beber, porque, assim brasas lhe
amontoarás sobre a cabeça; e o Senhor to pagará” – Pv 25.21-22.
Entender,
portanto, o natal do bem se faz necessário olharmos para a criança que existe
dentro de cada um de nós. É resgatar a missão do bem que cada indivíduo deve
exercer. É desempenhar com excelência a humanidade, a solidariedade, o
compromisso do amor incondicional e educar-se desenvolvendo novos aprendizados
a cada exercício do bem.
Nesta vida,
ainda que muitas coisas passem até desapercebidamente, a pratica do bem, deve
ser mantida. Façamos das festas natalinas e dos últimos acontecimentos deste
fim de ano o desabrochar de um novo tempo. Tempo do bem!
Faça o bem
sem olhar seletivo, pois quem faz o bem demonstra ser do bem.
Pense um
pouco menos em você, e invista na coletividade, veja-se no outro, isso é
empatia.
Andar pelo
mesmo caminho que o outro anda é adquirir conhecimento do outro a fim de melhor
desenvolver a crítica. Haverá melhor condições de tratar o outro como gostaria
de ser tratado.
Utilize as
palavras que gostaria que os outros dissessem a você. Fale aquilo que edifica.
Diz provérbios 25.11: “Como maças de ouro
em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.”
Comece a
fazer o bem e ser do bem pelos pequeninos desta terra. Todos os dias nascem
crianças que precisam de pessoas que tenham a bondade como expediente da vida.
A criança é
pura no falar, no olhar, no agir e no pensar, você pode aprender enquanto a
ensina. Os seus gestos têm origem no céu, o mais excelente lugar do bem. É
todos nós podemos viver eternamente lá.
Pense no
natal do bem, pense bem e faça deste novo ano o ano do bem, a começa praticando
o bem a si e aos seus confrades deste mundo dito pós-modermo, mas desumano,
egoísta e teologicamente incompleto.
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