terça-feira, 7 de setembro de 2010

Faculdade Gamaliel realiza curso de teologia

A Faculdade Gamaliel realizou neste final de semana, 03, 04 e 05 de setembro em Bragança-PA mais um módulo do curso de teologia. A disciplina ofertada foi Teologia do Antigo Testamento I, que desta feita foi ministrada pelo professor Marcos Eliezer Souza. A turma conta com 36 alunos sendo 16 pastores. Entre eles estar o pastor presidente da Igreja Assembleia de Deus em Bragança, pastor Carlos Ary Alves Gomes, o anfitrião da Faculdade Gamaliel.

Segue subsidio da disciplina ministrada:

INTRODUÇÃO:

O Antigo Testamento fornece grandes e formidáveis conhecimentos sobre a origem e a organização da nação de Israel. Descreve sua aliança com Abraão, sua descendência, linhagem, cultura, costumes e princípios religiosos, bem como sua trajetória no Egito, deserto, terras estranhas, exílio e pós-exílio.

O cânon judaico (Antigo Testamento) está dividido em Torah, profetas e escritos. A Torah também chamada de “Pentateuco” constitui-se a primeira e mais importante divisão do cânon sagrado. O termo “Pentateuco” vem da versão grega que remonta ao século II a.C., cujo significado é a coleção de cinco livros que são Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Segundo a tradição judaica é chamado de “a Lei” ou “Lei de Moisés”, isso porque a legislação mosaica constitui parte importante dos cincos primeiros livros da Bíblia.

Há dois séculos teólogos e eruditos de tendência racionalista criaram a Teoria Documentária da Alta Crítica, segundo a qual o Pentateuco é uma compilação de documentos redigidos, em sua maior parte, no período de Esdras (444 a.C.). As compilações do livro Gênesis, por exemplo, são provavelmente notas biográficas anteriores que foram transmitidas de geração para geração e posteriormente incorporados aos escritos de Moisés.

Quanto ao povo israelita, entende-se que já era numerosa gente quando da liberdade do Egito tornando-se, portanto, uma grande nação. No período do êxodo, ao palmilharem pelas estradas do deserto, tiveram um maravilhoso encontro com Deus diante do monte santo, quando se estabeleceu a aliança. O povo, então, se propôs a ter sincera e completa obediência à vontade de Javé, andando em comunhão com Ele.

Dentro deste universo religioso este trabalho acadêmico tem como proposta discorrer sobre Decálogo, lei divina que se estabeleceu como o limiar entre Deus e os homens. Se o povo buscasse obedecer aos princípios divinos, estariam seguros, mas se procurassem outros deuses seriam punidos por Javé.

O decálogo apesar de ser de precedência bíblica e escrito originalmente pelo dedo de Deus pode-se afirmar que nenhum outro código já escrito tenha tanto valor e permaneça incontestável há tantos séculos. Também conhecido como Lei de Moisés é o documento escrito que mais tem tido influência nas leis morais e judiciárias da sociedade, ou seja, leis irrevogáveis que são determinantes para a edificação e sustentação de uma comunidade.

I) O DECÁLOGO NO SINAI:

O povo de Israel após ter obtido o livramento no mar de juncos quando Deus ordenara que Moisés levantasse a vara e de modo milagroso pusesse atravessar o mar por terra seca, o povo de Israel viajou até ao monte santo (Também conhecido como Monte Sinai, sua localização é incerta. Por as tribos israelitas não deixarem atrás de si nenhuma população sedentária que perpetuasse os nomes dos lugares por eles visitados, são raros os nomes do período mosaico que pudessem ter sobrevivido à nomenclatura arábica da região. Entretanto, algumas montanhas de granito perto de Jebel Musa (árabe: “montanha de Moises”) e do Mosteiro de Santa Catarina continuam sendo o lugar mais plausível do monte Sinai. A Bíblia deixa claro que o monte ficava bem ao sul de Cades-Barnéia (Dt 1.2; I Rs 19.8). (Cf LASOR, 1999)). O libertador de Israel, Moisés, subiu ao monte para se encontrar com Deus e ali receber de Deus os dez mandamentos.

O termo “dez mandamentos” é entendido no original hebraico (Cf Êx 34.28; Dt 4.13 e 10.4) como: “as dez palavras” expressão de que provem o termo “decálogo”. O expoente texto, lei mosaica, está escrito por duas vezes no Antigo Testamento uma em Êxodos 20.1-17 e outra em Deuteronômios 5.6-21.

No livro de Êxodo, os dez mandamentos, estão colocados no início do conjunto de leis promulgadas pelo Senhor no monte Sinai. Em Deuteronômios, ao contrario, é repetido como parte do discurso que Moisés dirigiu aos israelitas em Moabe, quando estes se preparavam para cruzar o rio Jordão (Dt 1.5).

O decálogo foi originalmente proferido pela voz divina no monte Sinai para ser ouvido e seguido pelo povo de Israel (Êx 19.16-20.17). Deus se apresentou a Moisés no monte santo e ali, por duas vezes seguidas, escreveu de próprio punho a Lei divina no verso e no inverso de duas tábuas de pedra (Êx. 31.18; 32.15,16). O primeiro par de tábuas foi quebrado por Moisés em indignado simbolismo pela gravidade do pecado de Israel quando adorou o bezerro de ouro (Êx 32. 19). O segundo par de tábuas foi depositado na arca (Êx 25.16; 40,20).

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