domingo, 25 de dezembro de 2011

NATAL DO BEM


“O que tendo eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução” – Pr 24.32



Quando olhamos para uma criança, não conseguimos medir o grau ou a profundidade do seu interior, principalmente, quando repreendida. Uma chamada ríspida como palmada ou castigo, os pedagogos não definem claramente estes expedientes existentes a disciplina do aprendiz, ela continua se doando, amando-nos e rindo. Esse fato é sem explicação, sobretudo, quando não se analisa na perspectiva da bondade. A criança, mesmo corrigida pelos pais, logo se desliga deste fato e passa a sorrir e a estar junto de seus progenitores.

Muitas delas aprendem ainda em terna infância, como se identificar uma ação do bem ou do mal. Meu filho, por exemplo, quando repreendido por mim, logo pergunta: Pai tu é do bem ou do mal? E, às vezes, até sobre outros membros da família ele inquire: Pai, vovó é do bem ou do mal? Isto é, por causa do tipo de repreensão que lhe causou dor, ele argumenta que tal atitude só pode ser do mal.
As crianças nos ensinam que o mal não é próprio dos homens, mesmo sabendo que em nossa vida encontraremos pessoas que praticam o mal, mas a Bíblia adverte: “Aquele que cuida em fazer o mal, mestre de maus intentos o chamarão” – Pv 24.8. Crianças são pessoas do céu, apesar de conviverem com muitos adultos que são profissionais da maldade e pleiteiam morar no céu. Que decepção!

As crianças possuem algo que muitos adultos perderam por conta do cotidiano não vivido eticamente e das labutas da vida hodierna realizada imoralmente. É o espírito da inocência, aqui no sentido legítimo, isto é, sem maldade e sem preconceitos.

A inocência é roubada quando o espírito egoísta assume o controle da vida. A bondade se esvai e o mal governa, absolutamente, o ego humano. O querer o bem, estar junto, o praticar o bem a todos indistintamente, o perdoar e o esquecimento de magos já não mais existem. A ingenuidade iniciante e comum a vida é destruída pelo medo, pela insegurança e pela desobediência da ordem teologicamente correta. Pela covardia dos homens, os desafetos são imensuráveis causando traumas, perda da identidade social digna, falta de fé e esperança. Mas a Bíblia adverte: “Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; e, se tiver sede, dá-lhe água para beber, porque, assim brasas lhe amontoarás sobre a cabeça; e o Senhor to pagará” – Pv 25.21-22.

Entender, portanto, o natal do bem se faz necessário olharmos para a criança que existe dentro de cada um de nós. É resgatar a missão do bem que cada indivíduo deve exercer. É desempenhar com excelência a humanidade, a solidariedade, o compromisso do amor incondicional e educar-se desenvolvendo novos aprendizados a cada exercício do bem.
Nesta vida, ainda que muitas coisas passem até desapercebidamente, a pratica do bem, deve ser mantida. Façamos das festas natalinas e dos últimos acontecimentos deste fim de ano o desabrochar de um novo tempo. Tempo do bem!
Faça o bem sem olhar seletivo, pois quem faz o bem demonstra ser do bem.

Pense um pouco menos em você, e invista na coletividade, veja-se no outro, isso é empatia.
Andar pelo mesmo caminho que o outro anda é adquirir conhecimento do outro a fim de melhor desenvolver a crítica. Haverá melhor condições de tratar o outro como gostaria de ser tratado.

Utilize as palavras que gostaria que os outros dissessem a você. Fale aquilo que edifica. Diz provérbios 25.11: “Como maças de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.”
Comece a fazer o bem e ser do bem pelos pequeninos desta terra. Todos os dias nascem crianças que precisam de pessoas que tenham a bondade como expediente da vida.
A criança é pura no falar, no olhar, no agir e no pensar, você pode aprender enquanto a ensina. Os seus gestos têm origem no céu, o mais excelente lugar do bem. É todos nós podemos viver eternamente lá.

Pense no natal do bem, pense bem e faça deste novo ano o ano do bem, a começa praticando o bem a si e aos seus confrades deste mundo dito pós-modermo, mas desumano, egoísta e teologicamente incompleto.

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